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ArtBank - 2010





Resumo>



Software que inter-relaciona o sistema bancário à reprodução artística. Com ele, é montado um caixa eletrônico em que os visitantes podem gerenciar contas, como as de banco, mas nas quais o papel moeda é uma reprodução artística. Assim, pode-se depositar imagens de produções plásticas próprias e sacar obras famosas da história da arte ou de outros correntistas. As imagens sacadas são impressas em tamanho A6 e toda a transação de reproduções é atrelada a uma unidade monetária própria do sistema.































































 

Memorial descritivo completo>



O software ArtBank constrói uma interface que relaciona o sistema bancário à circulação de imagens de obras de arte. O programa é o elemento principal de uma instalação que possui o aspecto físico de um caixa eletrônico de banco. Nessa instalação, ao invés de se sacar e/ou depositar dinheiro, como ocorre num caixa eletrônico convencional, o público pode sacar e/ou depositar imagens, tanto de obras de arte de renome internacional, quanto de produções plásticas próprias.



Dentro do banco de dados do ArtBank, os arquivos de imagem referentes às obras são divididos por períodos de tempo (Pré-história, Antiguidade, Renascimento ao Romantismo, Modernismo e Contemporâneo) e subdivididos em categorias artísticas (Pinturas, Instalação, Performance, etc...). A cada imagem, também, é associado um valor, numa unidade monetária fictícia (Ɽ₳ - Reprodução Artística), própria do programa, que serve de referencial às transações de saque e de depósito imagético.

Para ter acesso ao programa, o público da exposição que conta com o ArtBank efetua um cadastro simples, pelo que obtém uma senha, que lhe permite acessar e gerenciar uma conta, seguindo a mesma metodologia de gerenciamento de uma conta bancária em um terminal de autoatendimento. Através dessa conta, os visitantes têm a possibilidade de realizar operações de saque e de depósito de imagens de obras de arte, bem como outras operações disponibilizadas pelo programa. 

Quando uma imagem é sacada, o valor fictício relacionado a ela é debitado na conta daquele que a sacou. As imagens sacadas são impressas, no momento do saque, em tamanho A6, e expelidas por uma portinhola do caixa eletrônico da instalação ArtBank. Já o depósito de imagens pode ser realizado através de mídias removíveis, como PenDrive e CD/DVD, inserindo-as diretamente em aberturas receptoras no caixa eletrônico. Ao depositar uma imagem própria, um valor fictício é acrescido à conta do depositante. Toda imagem depositada integra o banco de dados do software, podendo ser sacada por qualquer outro usuário cadastrado no sistema.



O programa e a instalação ArtBank compõem, portanto, uma apropriação do serviço bancário presente em terminais de autoatendimento, e constituem uma obra que possibilita interações variadas e especificas para cada usuário, que poderá demonstrar suas predileções e pendores artísticos ao selecionar obras para saque e ao depositar produções próprias. Uma permuta artística direta entre obra e público, em que os próprios espectadores, ao inserirem e retirarem imagens na instalação, não só compõem o acervo do trabalho, mas também se colocam como artistas participantes da exposição em que ela estiver presente, de modo que colocam em evidência para discussão, a partir das transações por eles próprios perpetradas, noções relativas aos capitais individual, social, cultural e econômico, bem como os valores estético, conceitual e monetário.  

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