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Coleção de Pedras Litográficas




Resumo>



Instalação que apresenta um jogo metalinguístico na relação entre a matriz litográfica e seu uso para produção de representações. 18 gravuras de pedras e gemas diversas são colocadas na parede, em frente as quais há uma mesa que contém um estojo de madeira. Dentro desse estojo, são dispostas as pedras litográficas referentes às gravuras, deixando à mostra as dissonâncias e consonâncias entre a matéria da matriz, como pedra, e as gravuras, que representam também pedras, num disposição que rememora os tradicionais estojos para coleção geológica. 


































Memorial descritivo completo>

A obra Coleção de Pedras Litográficas consiste, parcialmente, por 18 pequenas gravuras de imagens de diferentes tipos de pedras brutas e gemas variadas. A produção das gravuras mesclou a impressão por papel poliéster - técnica litográfica contemporânea - com uma técnica de acabamento desenvolvida pela artista e professora da Escola Guignard Thaís Helt para produção de gravuras de Amilcar de Castro. Essa técnica consiste na impressão com papel a seco para posterior aplicação de purpurina colorida por sobre a área impressa, de modo que a tinta, preparada por uma mistura entre transparente e prata, retenha o material aplicado nas áreas da figura. As purpurinas foram colocadas nas gravuras seguindo as características de cor e textura de cada uma das pedras apresentadas. Complementando o conjunto de gravuras, é exposta a própria matriz litográfica, cortada em 18 fragmentos. Cada um desses fragmentos possui, em sua superfície, a imagem de uma das pedras apresentadas nas gravuras, como se as impressões tivessem sido feitas a partir dos pedaços da rocha matriz. A pedra litográfica cortada é organizada em um estojo com divisórias semelhante ao que abrigam coleções de pedras e gemas.


O trabalho apresenta uma relação direta entre o modo mais tradicional da gravura, a impressão a partir da pedra, e sua forma mais recente, o método do poliéster. Tanto a presença fragmentada da matriz tradicional quanto os resultados do poliéster se inscrevem numa construção temática que explicita a materialidade da pedra litográfica para, através dela, produzir uma condição significativa entre o teor concreto do objeto rochoso, a função dessa pedra como suporte para reprodução de imagens e as gravuras das pedras. Essas gravuras, ao passo que metalinguisticamente referem ao próprio objeto, à pedra matriz, também representam minerais diferentes.


A sobreposição entre o signo e suporte acentua a qualidade da matriz como pedra e da gravura como representação em um jogo de significados que funde a composição do desenho com a fonte primordial da gravura e também demarca a distância entre um e o outro. A pedra é matéria e a matéria da gravura é também a pedra, inclusive na esfera temática, em suas muitas formas de composição mineral. Já a montagem, das gravuras em pequenas molduras separadas e da pedra litográfica em uma caixa de madeira que contém um vidro na tampa, remete a situações colecionistas e a mobiliários antigos, tais como os gabinetes de curiosidades, precursores da ideia dos museus atuais, cuja origem, em data, coincide à origem do processo litográfico.

 

 

Passe o mouse sobre as figuras abaixo, como que ele fosse um nasócullos virtual, para ver as pedras em detalhes. .

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