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​ateliê​



 



de gravura

"Pedra! Metal! Madeira! Tela de Nylon!... Pela união dos seus poderes, eu sou capitão gravura!"

A Gravura e suas Técnicas



Entende-se, por gravura, procedimentos técnicos que permitem a reprodução de imagens. Uma gravura é considerada original quando é resultado direto de uma matriz criada pelo artista que, a partir dela, imprime a imagem em exemplares iguais, numerados e assinados. O total das cópias, ou a tiragem, tem número limitado e a matriz pode ser destruída ou apagada para impossibilitar novas impressões. Dependendo da técnica e dos materiais empregados, a gravura recebe uma nomenclatura específica. As quatro principais técnicas de gravura são:


Xilogravura séc. VI a.c                                                

O processo utiliza-se, geralmente, da madeira lisa como suporte para reproduzir a imagem. Essa matriz é comumente entalhada por instrumentos cortantes, denominados goivas, que produzem incisões e permitem a retirada de áreas da superfície da madeira. As partes de impressão, que recebem a tinta através de rolo de entintagem, são as partes da superfície dessa madeira que permaneceram inalteradas e determinam a forma da imagem, enquanto as áreas de madeira removida se tornarão, na gravura impressa, áreas sem cor. Por essa inversão, dá-se o nome de gravação em negativo ao processo.
 



















Gravura em Metal séc. XV        

                                          
É a gravura em que se utiliza de uma chapa de metal (normalmente cobre ou latão) como matriz. A imagem sobre o metal é obtida diretamente pela ação dos objetos cortantes, ou indiretamente, pela ação corrosiva de ácidos, também chamados mordentes. Os sulcos produzidos no metal retêm a tinta. Quando a chapa é prensada, a tinta é transferida para o papel de acordo com a imagem gravada. Suas técnicas principais são a água tinta, água forte e verniz mole.

 

















Litogravura séc. XVII    

                                             
Técnica de gravura que envolve a criação de desenhos sobre uma matriz de pedra calcária com o uso de um lápis dermatográfico ou de outros materiais gordurosos. A base da litografia é o princípio da repulsão entre água e óleo. Através de banhos de ácido, goma e da limpeza da pedra com água, esse princípio é utilizado para proteger a imagem, gravá-la e permitir a sua transferência para um suporte. Ao contrário das outras técnicas de gravura, a litografia é planográfica, ou seja, o desenho é feito através da gordura acumulada sobre a superfície plana da matriz, e não fazendo nela fendas ou sulcos, como ocorre na xilogravura e na gravura em metal.

 



















Serigrafia séc. XX               

                                      

A serigrafia é um processo de impressão no qual a tinta é transferida para um suporte através da pressão exercida por um rodo, de acordo com formas gravadas em uma tela, normalmente de poliéster ou nylon, a qual é esticada num chassi. A imagem é gravada na matriz por um processo em que as suas formas são demarcadas de acordo com a incidência de luz num fotolito, colocado embaixo da tela preparada com uma emulsão fotossensível. Nesse processo, as partes escuras do fotolito corresponderão a áreas abertas na tela, que permitem a passagem da tinta, e as áreas claras se tornarão espaços fechados, demarcando os limites de impressão.























> Texto escrito em conjunto com Marcelo Adão

Série Xilográfica "Desenhos Pré-Delineados"

Instalação "Coleção de Pedras Litográficas"

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